Quando chamar um profissional e evitar o “faça você mesmo”: riscos, limites e boas práticas
O “faça você mesmo” (DIY) pode parecer uma solução económica e até divertida para pequenas obras e manutenções em casa. Mas há uma linha muito clara entre o que é seguro fazer por conta própria e o que exige conhecimento técnico, licenciamento e mão-de-obra qualificada.
Este artigo explica:
Quais tarefas são seguras para amadores
Quando deve, sem hesitação, contratar um profissional
Que riscos corre ao improvisar
O que diz a legislação portuguesa sobre obras em casa
O que é seguro fazer sozinho?
Algumas tarefas simples podem ser realizadas por si, desde que tenha atenção aos detalhes:
Pintura de paredes e tetos
Montagem de móveis
Substituição de puxadores, dobradiças ou torneiras simples
Aplicação de silicone ou massa acrílica
Pequenos furos e pendurar quadros ou prateleiras
Colocação de papel de parede
Nota: Mesmo nestas tarefas, é preciso cuidado. Pintar mal pode arruinar uma parede; furar no local errado pode atingir canalizações ou fios.
Quando deve contratar um profissional (e porquê)
1. Trabalhos estruturais ou com impacto na estabilidade do imóvel
Alterar ou demolir paredes, abrir vãos ou mudar a disposição dos espaços pode comprometer a estrutura do edifício. Só engenheiros civis ou arquitetos podem avaliar se uma parede é portante e indicar como intervir com segurança.
Exemplo real: Um cliente da ObraLisboa removeu parcialmente uma parede para “abrir a cozinha”. Resultado: fissuras apareceram em divisões vizinhas e foi necessário reforço estrutural de emergência.
2. Instalações elétricas
A eletricidade é uma das áreas mais críticas:
Mau isolamento = risco de incêndio
Instalações antigas mal mexidas = curto-circuitos
Alterações sem certificação = problemas com seguros e venda do imóvel
Legislação: Em Portugal, apenas eletricistas certificados podem realizar intervenções acima de 3,5kW ou em zonas húmidas.
3. Canalização e esgotos
Além de ser complexo, o sistema hidráulico exige:
Materiais específicos (PEX, multicamada, PVC, válvulas de retenção, etc.)
Conhecimento sobre pressão, caudal e escoamento
Ética profissional para evitar fugas e danos a vizinhos
Erro comum: substituir uma sanita ou base de duche mal vedada, o que causa infiltrações no andar de baixo.
4. Impermeabilização e isolamento térmico/acústico
Estes sistemas são técnicos e exigem:
Aplicação por fases
Escolha correta dos materiais (mantas, telas líquidas, espumas projetadas, etc.)
Conhecimento de juntas, juntas de dilatação e transições
Uma impermeabilização mal executada pode demorar meses a manifestar problemas — mas quando aparecem, são graves e dispendiosos.
5. Revestimentos técnicos e pavimentos
Assentar cerâmicas, mosaicos, vinílicos, flutuantes ou microcimento exige:
Nível a laser
Preparação da base (regularização, selantes, primários)
Precisão no corte e alinhamento
Se o pavimento ficar mal aplicado, compromete o conforto e o aspeto final — e pode partir ou descolar.
Outras situações que exigem apoio profissional
Obras com impacto legal
Alterações em fachadas, telhados ou varandas
Abertura de janelas, claraboias ou portas exteriores
Mudança de uso (por exemplo, transformar garagem em habitação)
Estas obras exigem projeto, licenciamento na Câmara Municipal e, muitas vezes, a comunicação à vizinhança.
Instalações especiais
Sistemas de climatização, aquecimento central e ventilação
Painéis solares
Domótica e automação residencial
Estes sistemas exigem integração técnica e certificações específicas, sob pena de não funcionarem corretamente ou anularem garantias dos equipamentos.
Riscos de avançar sem ajuda profissional
Prejuízo financeiro: erros exigem retrabalho, o que duplica custos.
Problemas legais: obras não licenciadas podem impedir a venda do imóvel ou gerar coimas.
Responsabilidade civil: se causar danos a terceiros, pode ser responsabilizado judicialmente.
Desvalorização do imóvel: soluções improvisadas reduzem o valor de mercado e afastam potenciais compradores.
Benefícios de contratar uma empresa especializada
Na ObraLisboa, oferecemos:
Avaliação técnica gratuita antes do início da obra
Acompanhamento de engenheiros e arquitetos
Mão-de-obra especializada em todas as áreas (eletricidade, canalização, acabamentos, etc.)
Cumprimento das normas e regulamentos em vigor
Garantia sobre o trabalho executado
Transparência orçamental e cumprimento de prazos
Conclusão: saber quando parar e pedir ajuda é sinal de inteligência
O "faça você mesmo" pode ser gratificante, mas tem limites. O ideal é combinar autonomia com responsabilidade: fazer o que está ao seu alcance e delegar o que exige experiência e rigor técnico.
Confie o que é técnico e estruturante a quem faz disso profissão. Assim, garante segurança, conforto e valor no seu investimento.
Tem dúvidas sobre se a sua obra precisa de apoio profissional? Fale connosco — sem compromisso. A nossa equipa da ObraLisboa está pronta para aconselhar, planear e executar com eficiência.